O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido na sede do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em
Brasília, aprovou nesta quinta-feira, dia 15 de maio, o tombamento
da Fábrica de Laticínios, no município de Campinas do Piauí, e do
Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano, dois imóveis
integrantes das Fazendas Nacionais do estado. O Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara e a Fábrica de
Laticínios decorrem das antigas Fazendas Nacionais do Piauí que,
originalmente eram grandes extensões de terras doadas aos primeiros
desbravadores, no Brasil colônia. Mais tarde pertenceram à Companhia de
Jesus e, quando foram expulsos, em 1759, as terras passaram à Coroa
Portuguesa e, em seguida, ao Império. Com a República, as Fazendas
Nacionais ficaram em poder da União, que arrendou ou vendeu parte das
terras que originaram vários municípios no atual Estado do Piauí.
A Fábrica de Laticínios, em Campinas do Piauí, e o Estabelecimento
Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano, são importantes testemunhos
da ocupação do interior do Brasil durante os séculos XVIII e XIX. Nesse
sentido, proposta de tombamento pelo IPHAN está relacionada com o
processo de ocupação decorrente da utilização das Fazendas Nacionais a
partir de projetos de aproveitamento da mão-de-obra remanescente da
escravidão. O valor arquitetônico das duas edificações também merece
destaque. São exemplos emblemáticos do patrimônio edificado no Brasil
entre o final do século XIX e começo do XX, tanto da arquitetura
tradicional piauiense, que se utiliza de materiais e técnicas locais,
quanto da arquitetura industrial implantada no interior do país em pleno
século XIX.
A importância do patrimônio rural no interior do Brasil
O governo do Brasil, durante o Império, utilizou as então chamadas Fazendas Nacionais com diversas finalidades, empregando mão-de-obra recém liberta. Nesse contexto, foi criada uma escola agrícola no atual município piauiense de Floriano após a promulgação da Lei do Ventre Livre, em 1871, para assegurar a educação dos filhos de escravos libertos. Além disso, o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara é também a materialização de um dado momento histórico brasileiro representado pelos materiais empregados na sua construção e pela linguagem arquitetônica em que foi construído, típica do século XIX. Atualmente, o que resta da antiga edificação corresponde praticamente ao bloco principal, que permaneceu como testemunho do Estabelecimento Rural, com área de 358m². As paredes são de alvenaria de tijolo, com cobertura em telha cerâmica sustentada por estrutura de carnaúba, formando praticamente um único volume retangular.
O governo do Brasil, durante o Império, utilizou as então chamadas Fazendas Nacionais com diversas finalidades, empregando mão-de-obra recém liberta. Nesse contexto, foi criada uma escola agrícola no atual município piauiense de Floriano após a promulgação da Lei do Ventre Livre, em 1871, para assegurar a educação dos filhos de escravos libertos. Além disso, o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara é também a materialização de um dado momento histórico brasileiro representado pelos materiais empregados na sua construção e pela linguagem arquitetônica em que foi construído, típica do século XIX. Atualmente, o que resta da antiga edificação corresponde praticamente ao bloco principal, que permaneceu como testemunho do Estabelecimento Rural, com área de 358m². As paredes são de alvenaria de tijolo, com cobertura em telha cerâmica sustentada por estrutura de carnaúba, formando praticamente um único volume retangular.
Já a Fábrica de Laticínios, de Campinas do Piauí, é o resultado da
industrialização e do desenvolvimento do sertão piauiense com a produção
de manteiga e queijo utilizando o leite vindo das Fazendas Nacionais.
Construída em 1897, foi a primeira edificação erguida na região, seguida
pela vila operária em seu entorno para abrigar os trabalhadores da
fábrica. O prédio é um raro exemplar da arquitetura industrial piauiense
do século XIX. Possui quatro volumes: o corpo principal em forma
retangular, outro volume retangular na parte frontal e dois outros na
parte posterior. A chaminé se sobressai acima do corpo principal da
edificação. Assim, os dois empreendimentos se constituem em documentos
da ocupação do território brasileiro.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do IPHAN.
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do IPHAN.
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