Em fase de limpeza e revisão do atual estado, têm prosseguimento as obras
de restauro e requalificação do prédio que abrigou a Estação Férrea de
Pelotas. Inicialmente prevista para durar 11 meses a reforma deve agora
ser concluída em 14.
No local, as atividades começaram no dia 12 de junho. Praticamente
dois meses após o início do trabalho da Marsou Engenharia no prédio
continua a limpeza, demolição de áreas possíveis e a colocação de
proteções para preservação do piso original. Conforme a secretária de
Cultura, Annie Fernandez, o restauro ainda está em processo de
replanejamento e tratativas. “Estamos avaliando as patologias do
prédio”, explica.
Annie esclarece que esta etapa do trabalho é muito delicada e, por
isso, se estende um pouco mais. O imóvel tombado em nível municipal
apresenta avançado estado de degradação de algumas partes, o que exige
um maior cuidado dos funcionários que atuam no local. O engenheiro
Ricardo Silveira conta que a cobertura da Estação Férrea estava bastante
deteriorada o que exigiu muita cautela. “Foi um trabalho muito demorado
e criterioso”, fala. Segundo ele, quando o forro começou a ser retirado
iniciaram a aparecer as “surpresas desagradáveis”, próprias de
restauração, que consistem em regiões bastante desgastadas. Por ficarem
encobertas só podem ser observadas quando tem início as intervenções.
Os responsáveis pela requalificação afirmam que o mais importante em
uma obra de restauração é que o telhado esteja em boas condições. Assim,
a equipe agora deve se deter nessa parte da obra. Em 20 ou 30 dias
devem ter começo as obras na cobertura. O prazo para conclusão é de
aproximadamente 60 dias.
A princípio, depois de requalificado, o imóvel abrigará o Centro de
Referência em Saúde do Trabalhador Macrorregião Sul (Cerest), o Procon, a
Guarda Municipal e o Museu Ferroviário. Futuramente, o espaço deve
receber o Centro Administrativo Municipal. O projeto para reforma e a
requalificação do imóvel do Largo de Portugal é de 2007. As intervenções
estão orçadas em R$ 2.234.147,90 e envolvem reparos nas aberturas de
madeira, da construção em alvenaria, com intervenções arquitetônica,
elétrica, hidrossanitária, lógica (destinada à instalação de redes de
computadores) e para prevenção contra incêndios. Por Fernanda Franco
Foto: Roberto Dias – Especial DP
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