domingo, 5 de agosto de 2012

Príncipe Charles salva casa histórica

Uma ação rápida do príncipe Charles evitou a tragédia. Há sete anos, uma das construções históricas mais significativas da Grã-Bretanha quase virou fumaça. Localizada em Ayrshire, na Escócia, a Dumfries House é uma propriedade do século 18 projetada pelo renomado arquiteto Robert Adam e por seus irmãos, John e James. Abriga uma coleção respeitável de móveis ingleses no estilo rococó, incluindo cerca de 50 exemplares de Thomas Chippendale, um então promissor marceneiro que logo conquistaria grande reputação como criador.
O destino da propriedade de 800 hectares tornou-se duvidoso em 2005, quando John Crichton-Stuart, o sétimo Marquês de Bute – na verdade, um piloto de Fórmula 1 cuja família havia herdado a posse de Dumfries no início do século 19 – começou a enfrentar dificuldades para mantê-la. Acabou decidindo colocar à venda o palácio gótico vitoriano e contratar a casa de leilões Christie’s para dar cabo do seu acervo. Especialistas documentaram tudo dentro da mansão e produziram um catálogo de dois volumes. A venda dos móveis e objetos chegou a ser marcada para 12 e 13 de julho de 2007.
Poucas semanas antes, porém, o triste fim da Dumfries House foi parar nos ouvidos do príncipe Charles. Empenhado em preservar a herança do povo inglês, ele enviou representantes para negociar o imóvel e cancelou o leilão. Caminhões que já rumavam com o tesouro para Londres retornaram à Escócia.
Sob a batuta do primeiro na linha de sucessão do trono britânico, US$ 90 milhões foram arrecadados, e a mansão terminou adquirida por um pool especialmente criado para esse fim. Estava salva, mas isso era só uma parte do drama. Restaurá-la era o próximo e essencial ato. Já com a propriedade aberta ao público, seu defensor real formou um comitê de experts para traçar um plano de ação. Após três anos de planejamento, a obra foi executada em apenas cinco meses, entre o outono e o inverno de 2010.
Hoje, a mansão passa oito meses por ano aberta para visitação do público – não como um museu, mas como uma casa mesmo, onde os visitantes são convidados a estar à vontade. Quem mais se sente em casa ali, porém, é o próprio Charles, que aparece na propriedade cinco ou seis vezes por ano, para deleite da turma que está por lá. Entre os poucos aposentos que permanecem fechados ao público, está a sua suíte real.  (Produção: James Reginato e Robert Rufino)

Mais imagens e reportagem completa no link abaixo:

Fonte: http://casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2012/07/principe-charles-salva-casa-historica.html













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