A
primeira igreja da Ordem dos Carmelitas erguida na América Latina, reabre suas
portas aos fiéis. No sábado dia 4 de agosto, Olinda, em Pernambuco, celebra a
reabertura da Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Antigo Convento de Santo
Antônio do Carmo de Olinda. A solenidade de entrega das obras de restauração
será às 19h30. No domingo, dia 5, às 8h, a comunidade participa da Missa de
Rededicação da Igreja.
Nesses
400 anos de história, foram muitos os períodos de obras. A restauração completa
– que teve início em 1995 – recebeu recursos da ordem de R$ 6 milhões do
governo federal por meio do Ministério da Cultura e do IPHAN, em programas como
o Pronac, Monumenta e PAC Cidades Históricas, além da parceria da Prefeitura de
Olinda e da Ordem do Carmo. O IPHAN coordena os trabalhos que devolveu à
edificação de quase dois mil metros quadrados seu caráter renascentista
original, com a predominância da horizontalidade, da simetria e da planta
ordenada a partir de um eixo central. Volumetricamente, também guardou a
simplicidade da silhueta e telhado em duas águas.
Com
as intervenções, a cantaria (elementos de pedra) foi reformada tanto da área
externa quanto na interna. As obras também incluíram o piso, o telhado, as
paredes, que foram revestidas. A Igreja do Carmo ganhou novo sistema de
hidráulica e elétrica. O altar mor e o altar do santíssimo estão prontos e
adornados com tons dourados. Os entalhes em madeira se livraram dos cupins e
ganharam de volta o brilho do ouro. O trabalho de recuperação da nave permitiu
aos restauradores descobrirem os seus detalhes originais feitos em pedra. Na
área externa, uma escada rodeando o Cruzeiro permite o acesso à colina. O
templo ganhou móveis novos e a pintura também foi refeita respeitando as cores
originais da construção.
A
fase da prospecção arqueológica, que precisa ser feita sempre que um prédio
histórico passa por obras de restauro, evidenciou os alicerces do antigo
Convento e da Capela da Ordem Terceira. Além de resgatar as características
históricas e arquitetônicas do prédio, a obra incluiu medidas da atualidade
como a adequação à acessibilidade. Agora, cadeirantes terão uma rampa de acesso
que vai do estacionamento localizado no Parque do Carmo até a Igreja, além de
banheiros adequados para portadores de necessidades especiais.
A
resistência do monumento em 400 anos de história
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Antigo Convento de Santo Antônio do Carmo de Olinda é tombada pelo IPHAN desde 1938. A Ordem dos Carmelitas se instalou em Olinda, na ermida de Santo Antônio e São Gonçalo, por volta de 1580 quando teve início a construção da igreja. Quando Olinda foi destruída pelos holandeses, em novembro 1631, a igreja e o convento sofreram sérios danos. A partir de 1654, com a expulsão dos invasores, os frades voltaram ao convento em ruínas e deram início à reconstrução. Em 1704, começaram as obras internas e foi erguido o cruzeiro na frente do templo. A torre do lado sul foi concluída em 1726.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Antigo Convento de Santo Antônio do Carmo de Olinda é tombada pelo IPHAN desde 1938. A Ordem dos Carmelitas se instalou em Olinda, na ermida de Santo Antônio e São Gonçalo, por volta de 1580 quando teve início a construção da igreja. Quando Olinda foi destruída pelos holandeses, em novembro 1631, a igreja e o convento sofreram sérios danos. A partir de 1654, com a expulsão dos invasores, os frades voltaram ao convento em ruínas e deram início à reconstrução. Em 1704, começaram as obras internas e foi erguido o cruzeiro na frente do templo. A torre do lado sul foi concluída em 1726.
A
igreja foi fechada em 1820 com a transferência do padre prior para Recife, o
que provocou o abandono do convento. Outro grande golpe veio em meados do
século XIX quando as fachadas Leste e Norte do convento ruíram, abrindo espaço
para a ação de vândalos e saqueadores. Foi em 1897 que o frei Mariano do Monte
Carmelo Gordon fez obras de restauração na capela-mor e mandou camarim com suas
arcadas, pilastras e abóbada e nos anos de 1966 e 1968, foram realizados
restauros já pelo IPHAN (na época, SPHAN), que devolveram à igreja seu traçado
primitivo.
Foto: Vilmar Santin
Adorei o texto, ajudando muito na minha pesquisa! Obrigada.
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