O Museu do Tropeiro de Ipoema, distrito de Itabira, caminha para se
transformar em um banco de informações referência nacional em pesquisa
sobre a cultura tropeira no país. Para isso, vai contar com a parceria
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
segundo o professor e escritor Carlos Solera, coordenador do projeto
Tropeiro Brasil.
A ideia, que se transformou em projeto, veio à tona com o Seminário
Internacional de Tropeirismo, realizado em Ipoema no mês de outubro do
ano passado. Na ocasião participaram do encontro diretores do Iphan, da
Universidade de Girona (Espanha) e de diversos estados engajados no
projeto de Carlos Solera – que tem como objetivo transformar o tropeiro
brasileiro em Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido pela
Unesco.
Segundo Solera, já foi feito um inventário do acervo do Museu do
Tropeiro, bem como do Museu de Itabira, o que já é um bom começo. “Este
banco de informações seria aberto para pesquisas acadêmicas, de
professores, e não só para o projeto Tropeiro Brasil”, afirma o
pesquisador. Mas para isso, será preciso algumas adaptações no espaço
físico do Museu, como a construção de pelo menos duas ou três novas
salas, novos equipamentos, além de treinamento de pessoal. Tais
adaptações, entretanto, precisam do sinal verde da Prefeitura, já que o
Museu pertence ao município.
Reconhecimento
O projeto Tropeiro Brasil quer o reconhecimento da Unesco para o
tropeirismo nacional – e o Museu de Ipoema está integrado. A ONG Nata,
presidida por Solera, lidera o trabalho, que tem o auxílio da
Universidade de Girona e ganhou o Iphan como novo parceiro. Ainda há um
bom caminho a ser trilhado até a obtenção da declaratória, documento da
Unesco que titulará o projeto. Antes, contudo, o Iphan quer transformar o
tropeirismo brasileiro em Patrimônio Imaterial Brasileiro, para, no
passo seguinte, seguir em busca do título internacional.
Junto do tropeirismo brasileiro, Museu também busca título de Patrimônio Cultural da Humanidade. FOTO: Roneijober Andrade
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