O Brasil vem apresentando um crescimento consistente nos últimos anos. O
Rio de Janeiro dá claros sinais de uma nova dinâmica econômica,
impulsionada pelos grandes eventos que vão ocorrer na cidade nos próximos
anos. A Operação Urbana Porto Maravilha está preparando a Região
Portuária, há muitos anos relegada a segundo plano, para integrar
este processo de desenvolvimento.
A Lei Municipal n˚
101/2009 criou a Operação Urbana Consorciada da Área
de Especial Interesse Urbanístico da Região Portuária do Rio
de Janeiro. Sua finalidade é promover a reestruturação local,
por meio da ampliação, articulação e requalificação
dos espaços públicos da região, visando à melhoria da
qualidade de vida de seus atuais e futuros moradores e à sustentabilidade
ambiental e socioeconômica da área. O projeto abrange uma área
de 5 milhões de metros quadrados, que tem como limites as Avenidas Presidente
Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco, e Francisco Bicalho.
Operação urbana é uma ação estratégica e inovadora
da Prefeitura do Rio de Janeiro com pleno apoio dos Governos Estadual e Federal.
Além de criar novas condições de trabalho, moradia, transporte,
cultura e lazer para a população que ali vive, fomenta expressivamente
o desenvolvimento econômico da região. Já estão adiantadas
as obras da primeira fase, que incluem a construção de novas redes de
água, esgoto e drenagem nas avenidas Barão de Tefé e Venezuela
e a urbanização do Morro da Conceição, além da restauração
dos Jardins Suspensos do Valongo.
Ainda em 2011, inicia-se a segunda fase de trabalhos: toda a região será
reurbanizada até 2015 e um novo padrão de qualidade dos serviços
urbanos será introduzido, como, por exemplo, coleta seletiva de lixo e iluminação
pública eficiente e econômica. Como complemento às intervenções
urbanísticas já mencionadas, pode-se citar as importantes mudanças
viárias: a demolição do Elevado da Perimetral, a transformação
da Avenida Rodrigues Alves em via expressa, a criação de uma nova e
rota, chamada provisoriamente de Binário do Porto, e a reurbanização
de 70 km de vias.
O Porto Maravilha também realizará ações para a valorização
do patrimônio histórico da região, bem como a promoção
do desenvolvimento social e econômico para a população. A implantação
de projetos de grande impacto cultural, como o
Museu de Arte do Rio de Janeiro (Mar) , na Praça Mauá, e o
Museu do Amanhã,
no Píer Mauá, ambos em parceria com a Fundação Roberto
Marinho, darão nova cara à entrada do porto.
Para coordenar o processo de implantação do Porto Maravilha, foi criada a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), empresa de economia mista, controlada pela Prefeitura. A CDURP tem como principais funções implementar e gerir a concessão de obras e serviços públicos na região, além da administrar os recursos patrimoniais e financeiros referentes ao projeto.
Para coordenar o processo de implantação do Porto Maravilha, foi criada a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), empresa de economia mista, controlada pela Prefeitura. A CDURP tem como principais funções implementar e gerir a concessão de obras e serviços públicos na região, além da administrar os recursos patrimoniais e financeiros referentes ao projeto.
Como as obras serão financiadas?
Para atrair o interesse de investidores e conseguir financiamento para as obras
de renovação urbana do Porto Maravilha, a Lei Municipal Complementar n˚ 101/2009
autoriza o aumento do potencial construtivo na região, ou seja, permite a construção
além dos limites atuais, com exceção das áreas de preservação,
de patrimônio cultural e arquitetônico, e dos prédios destinados
ao serviço público. Para explorar este novo potencial construtivo,
os interessados deverão comprar os Certificados de Potencial Adicional Construtivo
(CEPACs). Todo o valor arrecadado com a venda dos CEPACs é obrigatoriamente
investido na melhoria da infraestrutura urbana e em serviços na região.
Principais obras:
- Construção de 4 km de túneis;
- Reurbanização de 70 km de vias e 650.000 m² de calçadas;
- Reconstrução de 700 km de redes de infraestrutura urbana (água, esgoto, drenagem);
- Implantação de 17 km de ciclovias;
- Plantio de 15.000 árvores;
- Demolição do Elevado da Perimetral (4 km);
- Construção de três novas estações de tratamento de esgoto.
Principais serviços
- Conservação e manutenção do sistema viário;
- Conservação e manutenção de áreas verdes e praças;
- Manutenção e reparo de iluminação pública e calçadas;
- Execução de serviços de limpeza urbana;
- Implantação de coleta seletiva de lixo;
- Manutenção da rede de drenagem e de galerias universais;
- Manutenção da sinalização de trânsito;
- Instalação e conservação de bicicletários;
- Manutenção e conservação de pontos e monumentos turísticos, históricos e geográficos;
- Atendimento ao cidadão.
Regras Urbanísticas e Ambientais
- Para promover um ambiente urbano saudável e sustentável, as novas edificações da região deverão obedecer a parâmetros urbanísticos e ambientais específicos:
- Afastamento e recuo adequados entre as novas construções;
- Economia de consumo de água e reaproveitamento de águas pluviais e servidas;
- Economia e/ou geração local de energias limpas;
- Uso de aquecimento solar;
- Uso de telhados verdes e/ou reflexivos do aquecimento solar;
- Maximização da ventilação e iluminação natural;
- Uso de materiais com certificação ambiental;
- Facilitação de acesso e uso de bicicletas.
Compromissos Sociais:
- Operação Urbana Porto Maravilha parte do pressuposto de que os atuais moradores devem permanecer na região portuária. Pelo menos 3% dos recursos da venda dos CEPACs serão obrigatoriamente investidos na valorização do Patrimônio Material e Imaterial da área e em programas de desenvolvimento social para moradores e trabalhadores.
Para isso são oferecidos vários estímulos, tais como:
- Criação de habitações de interesse social;
- Instalação de creches, UPAs e escolas que atendam a densidade populacional prevista;
- Integração entre os diversos modais de transporte público, facilitando a acessibilidade e a comunicação com outras áreas;
- Recuperação da qualidade ambiental da área;
- Geração de empregos diretos e permanentes na região;
- Regularização e formalização das atividades econômicas;
- Formação profissional;
- Criação dos Programas Porto Cultural e Porto Cidadão
- Apoio a iniciativas de desenvolvimento comunitário.
Principais Impactos
- Aumento da população de 22 mil para 100 mil habitantes em 10 anos;
- Aumento da área verde de 2,46 % para 10,96%;
- Aumento de 50% na capacidade de fluxo de tráfego na região;
- Redução da poluição do ar e sonora, com a retirada da Perimetral e a redução do transporte pesado na região;
- Aumento da permeabilidade do solo;
- Aumento e melhoria da qualidade da oferta de serviços públicos;
- Transformação da região em referência para a cidade.
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