sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ponte Mauá é o primeiro bem cultural protegido pelo MERCOSUL

A Ponte Internacional Barão de Mauá, que liga o Brasil ao Uruguai, nas cidades de Jaguarão e Rio Branco, é o primeiro bem binacional reconhecido como Patrimônio Cultural pelos países do MERCOSUL. O reconhecimento internacional foi aprovado durante a VII Reunião da Comissão do Patrimônio Cultural do MERCOSUL (CPC), que está sendo realizada sede do IPHAN em Brasilia, com representantes dos organismos gestores do patrimônio cultural de língua latina da América do Sul. Os representantes da CPC destacaram no monumento os critérios estabelecidos pelo MERCOSUL Cultural como valores que no passado ou no presente estejam associados a processos históricos vinculados aos movimentos de autodeterminação ou expressão comum da região perante o mundo; esforços de união entre os países da região; estar diretamente relacionado a referências culturais compartilhadas por mais de um país da região; e oferecer, no presente ou no futuro, fator de promoção da integração dos países, com vistas a um destino comum.
A Ponte Internacional Barão de Mauá é uma obra de infraestrutura construída entre 1927 e 1930 para ligar as cidades de Jaguarão, no Brasil, e Rio Branco, no Uruguai. No momento de sua construção, a Ponte foi a maior obra de infraestrutura em concreto armado construída na América do Sul e a primeira deste tipo construída entre os países da região com o objetivo de aproximá-los política e economicamente. Tombada em maio de 2011 pelo IPHAN, a Ponte Internacional Mauá é o símbolo de uma união afetiva entre as cidades brasileira e uruguaia. No início de seu povoamento, Jaguarão era palco de disputas e batalhas entre as as coroas de Portugal e Espanha, o que deu à cidade uma atmosfera militar. No entanto, a despeito das disputas, a população sempre transitou entre os dois lados, utilizando a Ponte Internacional Mauá, financiada pelo Uruguai em decorrência de uma dívida de guerra com o Brasil e executada no início do século XX. (Veja galeria de fotos)
A reunião da CPC é um dos encontros que estão sendo organizados pelo Ministério da Cultura e os órgãos do Sistema MinC entre os países do MERCOSUL que deverão discutir temas relacionados ao patrimônio cultural, à diversidade cultural, à economia criativa e indústrias culturais na região. As reuniões são em Brasília porque o Brasil está na presidência protempore do MERCOSUL Cultural até o final do ano, o que torna o país responsável pela organização e coordenação das reuniões do bloco no âmbito da cultura. No início do encontro, dia 13 de novmebro, os participantes foram recebidos pela presidenta do IPHAN, Jurema Machado. (Veja a galeria de fotos).
Essa reunião da CPC, sob a responsabilidade do IPHAN, tem ainda como pauta temas como o desenvolvimento do Projeto Itinerário Cultural das Missões Jesuíticas Guaranis, Moxos e Chiquitos no MERCOSUL e as estratégias de combate ao Tráfico Ilícito de Bens Culturais entre os países da região. O MERCOSUL Cultural está constituído pela Reunião de Ministros da Cultura (RMC), entidade máxima do setor, e conta com uma Secretaria, um Comitê Coordenador Regional (CCR) – onde se reúnem representantes dos Ministérios de Cultura para articular a agenda do setor – e três Comissões especializadas, entre elas, a de Patrimônio Cultural (CPC); a de Diversidade Cultural (CDC); e a de Economia Criativa e Indústrias Culturais (CECIC). Nessa presidência protempore o tema Cultura e Sustentabilidade será o ponto central a ser trabalhado pelo Ministério da Cultura do Brasil, objetivando sensibilizar a região para o fortalecimento de políticas culturais pautadas no desenvolvimento sustentável, entre outros aspectos. Em novembro, também serão realizadas na sede do IPHAN a XXXVI Reunião do Comitê Coordenador Regional (CCR), nos dias 21 e 22, que prepara a XXXV Reunião de Ministros da Cultura do MERCOSUL (RMC), que acontecerá no dia 23.

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Fonte:  http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16953&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia



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