A Ponte Internacional Barão de Mauá, que liga o Brasil ao Uruguai,
nas cidades de Jaguarão e Rio Branco, é o primeiro bem binacional
reconhecido como Patrimônio Cultural pelos países do MERCOSUL. O
reconhecimento internacional foi aprovado durante a VII Reunião da Comissão do Patrimônio Cultural do MERCOSUL (CPC),
que está sendo realizada sede do IPHAN em Brasilia, com representantes
dos organismos gestores do patrimônio cultural de língua latina da
América do Sul. Os representantes da CPC destacaram no monumento os
critérios estabelecidos pelo MERCOSUL Cultural como valores que no
passado ou no presente estejam associados a processos históricos
vinculados aos movimentos de autodeterminação ou expressão comum da
região perante o mundo; esforços de união entre os países da região;
estar diretamente relacionado a referências culturais compartilhadas por
mais de um país da região; e oferecer, no presente ou no futuro, fator
de promoção da integração dos países, com vistas a um destino comum.
A Ponte Internacional Barão de Mauá é uma obra de infraestrutura
construída entre 1927 e 1930 para ligar as cidades de Jaguarão, no
Brasil, e Rio Branco, no Uruguai. No momento de sua construção, a Ponte
foi a maior obra de infraestrutura em concreto armado construída na
América do Sul e a primeira deste tipo construída entre os países da
região com o objetivo de aproximá-los política e economicamente. Tombada
em maio de 2011 pelo IPHAN, a Ponte Internacional Mauá é o símbolo de
uma união afetiva entre as cidades brasileira e uruguaia. No início de
seu povoamento, Jaguarão era palco de disputas e batalhas entre as as
coroas de Portugal e Espanha, o que deu à cidade uma atmosfera militar.
No entanto, a despeito das disputas, a população sempre transitou entre
os dois lados, utilizando a Ponte Internacional Mauá, financiada pelo
Uruguai em decorrência de uma dívida de guerra com o Brasil e executada
no início do século XX. (Veja galeria de fotos)
A reunião da CPC é um dos encontros que estão sendo organizados pelo
Ministério da Cultura e os órgãos do Sistema MinC entre os países do
MERCOSUL que deverão discutir temas relacionados ao patrimônio cultural,
à diversidade cultural, à economia criativa e indústrias culturais na
região. As reuniões são em Brasília porque o Brasil está na presidência protempore
do MERCOSUL Cultural até o final do ano, o que torna o país responsável
pela organização e coordenação das reuniões do bloco no âmbito da
cultura. No início do encontro, dia 13 de novmebro, os participantes
foram recebidos pela presidenta do IPHAN, Jurema Machado. (Veja a galeria de fotos).
Essa reunião da CPC, sob a responsabilidade do IPHAN, tem ainda como
pauta temas como o desenvolvimento do Projeto Itinerário Cultural das
Missões Jesuíticas Guaranis, Moxos e Chiquitos no MERCOSUL e as
estratégias de combate ao Tráfico Ilícito de Bens Culturais entre os
países da região. O MERCOSUL Cultural está constituído pela Reunião de
Ministros da Cultura (RMC), entidade máxima do setor, e conta com uma
Secretaria, um Comitê Coordenador Regional (CCR) – onde se reúnem
representantes dos Ministérios de Cultura para articular a agenda do
setor – e três Comissões especializadas, entre elas, a de Patrimônio
Cultural (CPC); a de Diversidade Cultural (CDC); e a de Economia
Criativa e Indústrias Culturais (CECIC). Nessa presidência protempore o
tema Cultura e Sustentabilidade será o ponto central a ser trabalhado
pelo Ministério da Cultura do Brasil, objetivando sensibilizar a região
para o fortalecimento de políticas culturais pautadas no desenvolvimento
sustentável, entre outros aspectos. Em novembro, também serão
realizadas na sede do IPHAN a XXXVI Reunião do Comitê Coordenador Regional (CCR), nos dias 21 e 22, que prepara a XXXV Reunião de Ministros da Cultura do MERCOSUL (RMC), que acontecerá no dia 23.
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