segunda-feira, 18 de março de 2013

Maceió tem roteiro cultural pouco conhecido por alagoanos

O estado de Alagoas é conhecido por suas belezas naturais, que vão desde praias a rios e lagoas. Um atrativo para os turistas de todas as partes do mundo. Mas, em Maceió, não só as praias chamam a atenção. A cidade também conta com um roteiro cultural vasto, com diversos museus espalhados pela capital, mas que a população local parece não saber ou não se interessar em visitá-los.
No Museu da Imagem e do Som (Misa) existe um vasto acervo de tudo aquilo que é ligado ao que sugere o nome, ou seja, fotografias, vídeos, projetores, telefones, dentre outras coisas. Todas referentes à evolução da história da imagem e do som no estado de Alagoas.
O acervo, aberto à visitação e pesquisa, contém cerca de 12 mil fotos antigas da capital, todas disponíveis em formato digital para consulta. 2.500 fitas de videocassete e milhares de discos de vinil.
O museu tem um espaço dedicado à memória de Edécio Lopes, conhecido radialista alagoano falecido em 2009, em que todo o material foi doado pelos familiares dele e conta com uma biblioteca, discoteca e todo o equipamento adquirido por Edécio em sua vida.
Não é incomum ver pessoas que desconhecem a existência desses espaços culturais. E os que conhecem, não têm interesse. A alagoana Jacqueline Pitanga passa toda semana pelos memoriais e museus da capital, mas nunca os visitou. “Apesar de achar bonito, não tenho interesse”, explicou
Quem vem de fora, também vem desavisado do roteiro cultural. Leandro Lima Bloch está passando férias na capital e só teve conhecimento do Memorial Teotônio Vilela, na praia de Pajuçara, quando passou pelo local.
O turista, assim como muitos alagoanos, também desconhecia que a obra é assinada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. “Vim passar um tempo longe de casa e desfrutar as praias com a família e aproveitei para visitar outras coisas também, mas não vi nenhum tipo de divulgação”, completou o paulista de Presidente Prudente.
No Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que fica no tradicional bairro do Jaraguá, existem exposições temporárias, a maioria de artistas alagoanos. “É uma forma de divulgar a cultura aqui de Maceió”, esclarece a responsável pela área de patrimônio, Graciene Lopes. O instituto é um lugar que as pessoas ainda precisam descobrir e visitar.
O analista de planejamento e gestão do Iphan, Valmarx Montenegro Correia, confirma: os alagoanos desconhecem suas riquezas culturais. “Quem mais vem ao instituto são os turistas. Quando os cruzeiros atracam no porto, a visitação aumenta”. Segundo ele, a média de visitação é de 10 pessoas por dia, chegando a 20 em períodos de alta temporada.
O IPHAN também conta com uma exposição permanente da artista e colecionadora Tânia de Maya Pedrosa, que abriga um andar inteiro do instituto com peças de artistas de todo o nordeste.
Outro museu da capital alagoana é o Théo Brandão, no bairro do Jaraguá, onde existem obras relacionadas à antropologia e ao folclore. O museu foi criado, inicialmente, para abrigar a coleção de arte popular que o professor e folclorista que dá nome ao museu doou à Universidade Federal de Alagoas.
Na cidade ainda existe outro ponto de visitação, o Memorial à República, localizado no bairro do Jaraguá, onde existem exposições mensais e uma permanente sobre a República Federativa do Brasil. Há também a Galeria dos Presidentes Republicanos, com fotos dos 35 presidentes.
Estas são algumas opções para o turista que não se limita apenas ao roteiro de praias e para os alagoanos que querem conhecer mais da sua própria história. Os horários de funcionamento destes estabelecimentos permitem visitação a pelo menos um dos muses a qualquer dia da semana. Confira:

IPHAN terça-feira até domingo, incluindo feriados, das 11h às 17h.
Misa terça até sexta, das 8h até as 14h. Às terças-feiras são exibidos documentários no cinema do museu, o Cine Misa. A entrada é franca, e começa às 19h.
Memorial à República terça à sexta, das 9 às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 17h.
Memorial Teotônio Vilela todos os dias, das 9h às 21h.
Museu Théo Brandão terça a sexta, das 9h às 17h. Sábados, das 14h às 17h.

Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/03/maceio-tem-roteiro-cultural-pouco-conhecido-por-alagoanos.html 

No link abaixo, do site G1, fotos do acervo cultural dos museus de Maceió:
http://g1.globo.com/al/alagoas/fotos/2013/03/fotos-acervo-historico-e-cultural-dos-museus-de-maceio.html 

















Coleção permanente Tânia de Maya Pedrosa fica no primeiro andar do IPHAN. (Foto: Jonathan Lins/G1)

















Acervo conta com diversas câmeras, telefones e máquinas de escrever. (Foto: Jonathan Lins/G1)

















Memorial Teotônio Vilela tem seu projeto assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. (Foto: Jonathan Lins/G1)

  















Obras em madeira ficam expostas no IPHAN em Alagoas. (Foto: Jonathan Lins/G1)  

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