quarta-feira, 20 de março de 2013

Três cidades mineiras estão no livro que reúne fotos e textos sobre cidades que viraram Patrimônio Cultural da Humanidade

Das doze cidades brasileiras com bens reconhecidos como Pa­­trimônio Cultural da Hu­­ma­­nidade, três estão em Minas Gerais. So­­­­mos o único estado com mais de um município na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o primeiro do país a receber o título – o centro histórico de Ouro Preto, a 100 quilômetros da capital, foi incluído em 1980. “Para o Brasil, artisticamente, não há lugar mais importante que a antiga Vila Rica”, afirma o jornalista belo-horizontino Gui­lherme Aragão. “Na década de 20, os mo­dernistas já reconheciam sua relevância.” Aragão se uniu, no ano passado, ao fotógrafo carioca Cesar Duarte para produzir Patrimônio Material – Centros Históricos, Conjunto Arquitetônico, Santuários e Ruínas (M4; 180 páginas, 72 reais), um livro com fotografias e textos sobre nove das cidades brasileiras reconhecidas pela Unesco, que tem lançamento previsto para este sábado (16), na livraria Scriptum, na Savassi. Diamantina (a 200 quilômetros de BH) e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (a 83 quilômetros), são os outros destinos de Minas que representam “exemplos extraordinários da arquitetura de um estágio significativo da história”, um dos critérios da organização internacional com sede em Paris.

Galeria de fotos:
Patrimômio da Humanidade
Para Aragão, que costumava frequentar as cidades históricas com os amigos no tempo de faculdade, voltar a esses lugares para a pesquisa foi uma oportunidade de descobrir novas informações. “Fala-se muito de Aleijadinho, por exemplo, mas as pessoas se esquecem da história do português Feliciano Mendes, que foi quem idealizou o Santuário do Bom Jesus, inspirado em exemplos europeus”, conta. Estão no livro ainda Brasília, Goiás Velho (GO), Olinda (PE), Salvador, São Luís e São Miguel das Missões (RS). Ficaram de fora São Cristóvão (SE) e a cidade do Rio de Janeiro – reconhecidas em 2010 e 2012, respectivamente -, além do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, de importância arqueológica. Receber o título internacional não é tarefa fácil. O nosso Conjunto Arquitetônico da Pampulha, por exemplo, é candidato desde 1996 e ainda não o conseguiu. “A lista da Unesco é uma reedição moderna das sete maravilhas do mundo”, compara Fernando Fernandes da Silva, especialista em patrimônio cultural e pesquisador da UniSantos. Assim, Ouro Preto, Diamantina e o Santuário do Bom Jesus têm o mesmo status de monumentos como a Grande Muralha da China ou as Pirâmides do Egito e atraem turistas do mundo todo para conferir as belas imagens que ilustram esta reportagem e foram registradas no livro de Aragão e Duarte. Por Cedê Silva

Fonte: http://www.defender.org.br/tres-cidades-mineiras-estao-no-livro-que-reune-fotos-e-textos-sobre-cidades-que-viraram-patrimonio-cultural-da-humanidade/ 














A antiga Vila Rica: A Rua Bernardo de Vasconcelos e a Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto: o primeiro município brasileiro a receber o título da Unesco.

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