Brasília é uma cidade planejada e jovem, inaugurada há apenas 52
anos. Mas a falta de manutenção compromete prédios, monumentos
públicos, pontes, viadutos.
Os exemplos de péssima
conservação são encontrados em Brasília, cidade que é patrimônio
cultural da humanidade, e foram denunciados em um relatório do Tribunal
de Contas do Distrito Federal.
O descaso põe em risco a segurança dos cidadãos. E Brasília é uma
cidade planejada e jovem, inaugurada há apenas 52 anos. Mas a falta de
manutenção compromete prédios, monumentos públicos, pontes, viadutos.
Um dos cartões postais de Brasília, o Teatro Nacional, deveria ser o
principal centro cultural da cidade, mas é subutilizado. E não é para
menos. Dentro, o estado de conservação é precário.
Cadeiras rasgadas, carpete danificado, fios expostos. Em um banheiro,
parte do teto caiu. Foi essa a realidade que os auditores do Tribunal
de Contas do Distrito Federal encontraram no ano passado, quando fizeram
vistoria em 11 prédios públicos.
Três meses de visitas e a conclusão: o estado de conservação não é
bom e ameaça a segurança dos usuários. “Houve omissão dos governos em
relação a uma ausência dos governos em relação a esse planejamento de
conservação e manutenção”, afirma Inácio Magalhães Filho, presidente do
TC/DF.
Na rodoviária, bem no centro da cidade, rachaduras e infiltrações.
“Está péssima a estrutura. Precisa reformar mais, está tudo rachado”,
diz Rodrigo Silva, auxiliar de produção.
Em uma das saídas de Brasília, a situação da ponte já era considerada
crítica sete meses antes de aparecer um buraco com quase um metro de
comprimento e dois de profundidade. A solução temporária foi instalar
uma placa de metal sobre o buraco, e a reforma deve ser feita este ano.
Até construções mais recentes sofrem com a falta de manutenção. Onde
funciona o Museu da República, os técnicos encontraram trincas,
rachaduras e infiltrações do lado de fora e de dentro. O prédio tem seis
anos e foi projetado por Oscar Niemeyer. Outro cartão postal, a Ponte
JK, inaugurada há 10 anos, precisou de reparos na estrutura.
O secretário de Obras do Distrito Federal admite que o governo
preferiu investir em novas construções e não em manutenção. “A população
sempre exige novas obras, novas quadras, novos viadutos, novas
passarelas. Nós temos um orçamento limitado. Então, muitas vezes, se dá
preferência para fazer uma passarela, onde está morrendo gente, do que
manter uma que está bem ou mal servindo a população”, explica Davi de
Matos.
O Conselho Regional de Engenharia informou que já tinha advertido o
governo sobre os problemas antes do relatório do Tribunal de Contas, em
2011. “Um plano de manutenção é essencial, porque chega a um estado de
calamidade tão grande que a obra se torna caríssima e, às vezes, tendo
construções precisa ser demolida e feita outra porque não vale a pena
reformar”, ressalta Flavio Correia.
O governo do Distrito Federal tem agora 90 dias para apresentar um
plano das providências que serão tomadas. Uma determinação do Tribunal
de Contas.
Fonte: http://www.defender.org.br/tribunal-de-contas-denuncia-predios-em-pessima-conservacao-em-brasilia/
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