Publicado no site concursosdeprojeto.org, o projeto do Ginásio e da Praça da Câmara Municipal de Chelles, na França, de autoria do escritório LAN Architecture. O projeto resultou de concurso realizado em 2007 e a obra foi concluída e inaugurada em 2012.
Abaixo, o memorial descritivo da obra e imagens do projeto.
Fonte de pesquisa: http://concursosdeprojeto.org/2013/01/20/ginasio-e-praca-da-camara-municipal-chelles-franca/#
Crédito das imagens: site concursosdeprojeto.org: http://concursosdeprojeto.org/
Memorial Descritivo
(editado e traduzido a partir de texto fornecido pelos autores)
A ágora
O projeto do ginásio e da praça do centro
de Chelles foi uma oportunidade para abordar, por meio do projeto de
arquitetura, questões urbanas que foram deixadas de lado no processo de
ocupação da região.
O projeto se situa em uma área central,
entre o Parque da Memória Emile Fouchard, a Câmara Municipal, a escola
Weczerka e o centro de arte contemporânea «les Églises». Trata-se,
enfim, de um ambiente altamente heterogêneo onde os principais símbolos e
poderes da cidade estão concentrados (Igreja, Estado, Cultura,
Educação e Esportes).
O objetivo é reorganizar o espaço
elevando-o à categoria de Ágora, contribuindo para a formação da
história do lugar e uma nova percepção do todo.
Com base nessas observações, consideramos
o projeto como uma operação de remontagem urbana em que o ginásio e a
esplanada desempenham papel de articulação. Para isso, foi realizada uma
análise detalhada da operação, assim como as sequências e as escalas
dos vários componentes que integram o conjunto.
O edifício, marcado pela ortogonalidade, é
paralelo às fachadas da escola de ensino médio e da Câmara Municipal.
Desta forma, contribuimos para redefinir e melhorar os espaços urbanos,
bem como ligar o parque à igreja por meio de um percurso urbano. O
desenho desse novo espaço público, portanto, é marcado
pela regularidade, que é definida pelos edifícios circundantes.
No que se refere ao Ginásio, definido o
volume, o desafio do projeto arquitetônico reside na renovação do
vocabulário tradicional: muitas vezes, lidamos com uma caixa opaca, cega
e surda para o contexto em que ela ocorre. Aqui, nós tivemos que fugir
do imaginário relacionado às instalações desportivas para implementar um
objeto que nos permite ver um caleidoscópio da fragmentação urbana, de
difração do som e de reflexão da imagem dos edifícios circundantes, a
fim de responder ao desafio projetual com uma visão inovadora e mais
sensível ao contexto. Para alcançar tal objetivo, a fachada é composta
de duas camadas, a primeira (o vidro) que reflete e deixa a luz, e o segundo (o cobre), colorindo e aumentando a reflexão, proporcionando uma proteção contra os impactos do vidro.
Enquanto a forma simples e ortogonal da
localização do edifício permite espaços ordenados, as fachadas criam
certa ambiguidade, esvaziando a construção da sua relevância, fazendo-o
desaparecer. O conjunto, portanto, dá uma impressão de leveza e magia.
À noite o jogo de luzes e a presença do edifício se inverte.
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